8º Salão Bienal do Mar

Coordenação operacional e pedagógica da ação educativa da 8ª Bienal do Mar
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Célia Ribeiro e Erly Vieira Júnior
23 de dezembro de 2008 a 05 de fevereiro de 2009
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AÇÃO EDUCATIVA
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Coordenação e organização: José Cirillo e Neusa Mendes
Coordenação operacional e pedagógica:
Erly Vieira e Célia Ribeiro
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Erly Vieira Júnior, Patrícia Mendonça Almeida, Ítalo Ângelo Pereira Galiza, Thiago, Rejane Afonso Teixeira, Célia Ribeiro e Márcia Rodrigues Garcia do Vale

O 8º Salão Bienal do Mar, em Vitória (ES), promoção da Casa Porto das Artes Plásticas da Secretaria de Cultura de Vitória, delimitou uma mudança em relação aos salões anteriores. Transformado em bienal, nacional e internacional, apresentou treze trabalhos de intervenções urbanas de caráter efêmero e temporário, doze a partir de seleção entre os projetos inscritos e um de artista convidado.
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Desafios da mediação entre os passantes da cidade e as intervenções na malha urbana
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O público do espaço público
A ampliação do acesso a obras/objetos de artes visuais na Grande Vitória para além de uma restrita elite cultural é uma realidade recente. Se um considerável número de estudantes, crianças e adolescentes, de Vitória já excursionou com suas escolas em algumas exposições de artes visuais, a grande maioria dos adultos que povoa o centro dessa capital nunca entrou em um museu ou em uma galeria de arte.
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A agenda e o tempo da fruição dos transeuntes no centro de Vitória
A motivação para circular nas cidades obedece a diversas lógicas: a do trabalho no próprio espaço público; a dos deslocamentos para acessar serviços variados, locais de trabalhos, escolas; ver o tempo passar o tempo em uma praça, etc. Na maioria dessas situações a agenda se complica quando atravessada por imprevistos.

Das 13 intervenções da Bienal apenas 6 possibilitaram a intermediação entre monitores e o público
Os monitores da ação educativa puderam instigar a interlocução de maneira sistemática entre pessoas que circulam pelo centro de Vitória apenas com as intervenções Atenção Arte (Jo Name), Folhetim Sereia (Herbert Pablo Bastos), Nós vemos a cidade como a cidade nos vê(Heraldo Ferreira Borges), O Caminho das Águas (Piatan Lube Moreira), Você Vê? (Jean-Blaise Picheral) e O Retorno de Araribóia (Coletivo Maruípe) aaa

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Folhetim Sereia - Hebert Pablo Bastos
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Nós vemos a cidade como a cidade nos vê - Heraldo Ferreira Borges
aaCaminho das Águas - Piatan Lube Moreiraaaa

Fotos Erly Vieira Júnior

O Retorno do Araribóia - Coletivo Maruípe

Itinerância pelo centro de Vitória de uma réplica da escultura do Araribóia de Carlos Crepaz


aaaaaa Você Vê? - Jean-Blaise Picheral

Visita à instalação Você Vê? no dia da abertura da 8ª Bienal - Jean-Blaise Picheral conversa com o prefeito João Coser

A característica pontual em termos temporais e espaciais das sete demais intervenções inviabilizou a mediação entre elas e os transeuntes do centro de Vitória.
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A metodologia
As características dos vários segmentos do público, o desconhecimento dos pedestres a respeito da Bienal, e os comportamentos característicos aos diferentes locais onde estavam cada uma das seis instalações fixas, pontos de ônibus (Folhetim Sereia), Praça Pio XII (Nós vemos a cidade como a cidade nos vê), ruas (Caminho das águas), Praça Pio XII e Avenida Beira Mar (Atenção Arte), terminal aquaviário Dom Bosco (Você vê?), calçadas (ORetorno do Araribóia), desafiaram a construção de uma metodologia diversificada e inédita para os coordenadores operacionais da ação educativa, e para os quinze estudantes de Comunicação, Artes Visuais e Design envolvidos como monitores-intermediadores.
O caráter de novidade das estratégias adotadas reforçou a consciência da necessidade de reflexão durante todo processo da ação educativa, voltada não apenas para gerar intermediações entre transeuntes e instalações, entre grupos agendados para visitas e oficinas, mas também para dentro, para o grupo de monitores e para os próprios propositores da metodologia (os coordenadores operacionais e pedagógicos da Bienal).
Isto gerou um relacionamento reflexivo e democrático entre os participantes e se desdobrou em procedimentos de registros ao longo do trabalho, que incluiu anotações sobre as interpretações, reações, imaginários acessados e construídos por um público ‘alheio’ às artes visuais
Iniciávamos o turno da manhã e da tarde com uma avaliação do dia anterior e o planejamento do que começava. Ao final de cada turno os monitores realizavam um relatório sobre as abordagens do dia, incluindo os diálogos entre transeuntes e entre esses e os monitores. Esses relatórios eram enviados por e-mail a todos os participantes.
Além disso, depoimentos de pedestres foram gravados em vídeo, e máquinas de retrato foram disponibilizadas a transeuntes abordados para fotografarem pontos de vistas que mais lhe instigavam de instalações observadas.
O material desses registros foi analisado e permitiu a construção de estatística das reações e opiniões dos pedestres abordados e geraram edições de vídeo.
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Estratégias desenvolvidas e adotadas para interpelar, conduzir o olhar para as intervenções e instigar a reflexão
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1. Teatro Invisível

Exemplo C - Filipe Frauches Mecenas e Lucas Tristão Ferreira (Fotos Giovanna Maria Pereira Faustini)

Para instigar o olhar e o debate a respeito de algumas intervenções recorremos à forma de encenação do Teatro Invisível desenvolvida por Augusto Boal. Nesta modalidade teatral apenas os atores sabem que existe uma encenação. Os que a presenciam não são espectadores no sentido tradicional, conscientes de estarem assistindo a uma peça ficcional aceita como verdade num jogo de faz-de-conta. As pessoas que presenciam encenações invisíveis julgam e significam o próprio acontecimento e não a performance da encenação.
Esta modalidade foi mais utilizada para a intervenção Folhetim Sereia (Herbert Pablo Bastos) dos pontos de ônibus. O fato de ter um público parado por algum tempo aguardando a condução viabilizou o envolvimento com a encenação. Surgiram reações interessantes.aaa

Exemplo A - Cinco monitores formaram três grupos. A monitora 1 ficou sozinha, em meio às pessoas no ponto de ônibus. Duas amigas (monitoras 2 e 3) chegaram juntas e permaneceram um pouco afastadas da primeira. Pouco depois um casal (monitores 4 e 5) alcançaram o ponto de ônibus comentando que as pinturas ali realizadas eram pichações mal feitas. A monitora 1 aproximou-se, discordando afirmou que eram obras de arte. Perguntou ainda de onde eles eram. Responderam que do Rio de Janeiro.
Várias pessoas prestavam atenção na conversa. Quando eles falaram a procedência um rapaz se manifestou indignado: “No Rio não tem nada disso porque os tiros destruíram os vidros! Bala perdida! Não podem nem fazer nada!”
Um senhor que estava ao lado dele comentou: “É claro que isso é arte! As pessoas confundem, ou acham que não é porque não é uma coisa que está lá bonitinha, penduradinha e com moldura. Não é uma coisa que está num museu. Aí elas não percebem. Mas isso aí é muito legal.”
Outro transeunte disse: “Falam que não é arte porque está aqui em Vitória, se fosse lá no Rio eles diriam que é!”
A discussão se prolongou enquanto os atores se movimentavam entre as obras do ponto de ônibus. As pessoas os acompanhavam com o olhar, algumas tocavam a pintura, passavam a observá-las mais atentamente. Os atores as incitavam a opinar e surgiram elogios e críticas, essas comparando as pinturas com pichações.
Quando o casal de monitores se afastou, uma moça que elogiara as pinturas disse que eles estavam com inveja, por não existir no Rio de Janeiro esse tipo de intervenção, e concluiu afirmando que se essas obras estivessem lá eles achariam lindo!
As duas amigas (monitoras 2 e 3), identificadas como mineiras, começaram a se fotografar junto às obras. A monitora 1 se ofereceu para ajudá-las. Enquanto isso, o casal (monitores 4 e 5) começou uma nova discussão com um senhor, que também era carioca. Ele disse que as pinturas eram horríveis, e que se aquilo era arte os pichadores do Rio eram bem melhores. Disse ainda que pinta e que dá para perceber que a pessoa que fez aquilo nunca pegou num pincel. A monitora 1 continuou argumentando tratar-se de obra de arte e ele retrucou então que era “arte vadia”! Vê uma mulher passar, aponta e comenta: “Isso que é arte!” Em seguida citou a frase de um amigo que costuma expor no Edifício Fábio Ruschi: “é arte o que está e não está ali, é e não é”. A monitora 1 observou que ele acabara de definir a obra do Folhetim Sereia, sem dar atenção embarcou em seu ônibus que chegou.

Exemplo B – As duas amigas (monitoras 2 e 3) estavam no ponto. O monitor 4, afastado e sozinho, inicia uma conversa com uma mulher, ambos criticam negativamente as pinturas. A monitora 1 e a 5, atuando como turistas mineiras, fotografam-se, maravilhadas, junto às pinturas. Um casal idoso intervém na conversa das "mineiras". A mulher concorda e acrescenta que as pinturas deixaram o ponto mais sensual. Já o marido afirma tratar-se de “coisa de doido”, a esposa rebate dizendo: “Ele que é doido, não gosta de nada...”. Relata que o levou para ver as pinturas em outros pontos de ônibus, tendo ele se interessado apenas pelas que mostram o rosto e o corpo de mulheres. A discussão com esse casal durou um bom tempo, chamando a atenção de muitas pessoas. Por fim, a mulher falou para o marido: “Você é burro, não sabe de nada mesmo...! Isso é coisa da Prefeitura! A Prefeitura tá dando aula de artes!”.
Nesse mesmo ponto uma moça disse gostar das pinturas, mas que "aquela com dois corpos de mulheres e dizeres em francês" lhe causava uma impressão ruim por parecer sangue, remetendo a violência.
Enquanto isso o monitora 4 mantém a conversa com outra mulher que achou as pinturas muito cafonas, contrapondo o trabalho nos muros do Instituto Braille “aquelas tampinhas...” como exemplo de arte.

Exemplo C – Dois monitores homens (1 e 2) chegam ao ponto de ônibus apreciando e trocando idéias sobre a pintura, sua fatura, tinta empregada, técnica, etc.
Uma monitora (4) indagou a uma senhora no ponto de ônibus se a pintura era uma pichação, ela com convicção respondeu que não, pois era bonita e realizada com técnica. E ficou observando atentamente a pintura e envolvida na conversa dos monitores até seu ônibus chegar. Um senhor que a acompanhava discordou de seu julgamento.
Uma velhinha perguntou sobre um ônibus que ela queria, e espontaneamente comentou que as pinturas eram muito feias, e que haviam sido feitas à noite por mascarados.
Um senhor identificou dois elementos da equipe “como os autores deste ato de vandalismo”, referindo-se aos monitores 1 e 2.

2. Performance – Encenações sobre O Caminho das Águas

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Tamires Teixeira Nepomuceno, Marcel Nascimento Rosa, Mariana Schmidt, Lucas Tristão Ferreira, Michele Cristine Marques Rebello e Filipe Frauches Mecenas (foto: Célia Ribeiro)
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Monitores na sede da 8ª Bienal antes da performance sobre o Caminho das Águas; 1ª foto: Talita Goulart Arrivabene, Ítalo Ângelo Pereira Galiza e Tamires Teixeira Nepomuceno; 4ª foto: Filipe, Márcia, Rejane, Marianna, Lucas, Michele, Ítalo, Tamires, Giovanna e Patrícia.
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aaaMonitores saindo em busca da linha azul, causando estranhamento nos transeuntes

Fotos de Giovanna Maria Pereira Faustini, Michele Cristine Marques Rebello e Talita Goulart Arrivabene

Exemplos
A monitora Horrana instaurou uma performance sobre O Caminho das Águas. Caminhando sobre a linha azul perguntava aos transeuntes que encontrava se seguindo essa linha chegaria à rodoviária.
Essa idéia desdobrou-se em outras atuações, como andar em fila indiana sobre a linha azul, às vezes simulando gestos de braços como se estivessem nadando. Culminou com uma performance de todos os intermediadores caracterizados como banhistas e em fila indiana sobre a linha, abordando as pessoas, dizendo-se turistas e perguntando onde ficava a praia. Depois do primeiro contato, distribuíam um folder com fotos de Vitória antes do aterro que deslocou as fronteiras do mar, aludida na obra de Piatan Lube Moreira. Este folder foi produzido a partir da iniciativa e do projeto dos próprios monitores, e com recursos dos mesmos. Atitude tomada para atender a demanda por referências fotográficas de pessoas abordadas anteriormente em atividades de divulgação da Bienal.

Frente e verso de folder produzido pelos monitores Filipe Frauches Mecenas, Marcel Nascimento Rosa, Patrícia Mendonça Almeida e Rejane Afonso Teixeira, impresso por Patrícia

3. Incursões urbanas provocativas

Michele Cristine Marques Rebello

Realizada, sobretudo, nas intervenções Nós vemos a cidade como a cidade nos vê, (Heraldo Borges), composta por quatro espelhos dispostos um em frente ao outro e para as placas de Atenção Arte? (Jo Name). Monitores abordavam pedestres na Praça Pio XII e os convidava a entrar nos espaço entre os espelhos, ou estabeleciam uma conversa a respeito dessa instalação ou das placas de alerta de Jo Name. Durante as atuações observaram diferentes comportamentos diante dos espelhos, e obtiveram informações dos comportamentos dos transeuntes com vendedores de coco localizados na praça. Esta técnica também foi utilizada para a intervenção Caminho das águas (Piatan Lube Moreira) e Você Vê? (Jean-Blaise Picheral).

Exemplo de depoimento A - Uma vendedora de coco indagada por monitores sentados ao lado de seu carrinho a respeito do que se tratavam os espelhos no meio da praça, respondeu que era arte na rua, e que enquanto trabalhava costumava ver crianças brincando dentro, pessoas dançando, etc. Relatou que diariamente ia ao espaço entre os espelhos observar os vários pontos da cidade.


Exemplo de depoimento B - Um senhor abordado por monitores disse saber que se tratava de uma obra de arte, mas não compreendia, mostrou preocupação com a possibilidade de roubo dos espelhos ou mesmo sua depredação.

Exemplo de depoimento C - Achou muito legal, disse que sempre devia ter uma obra de arte na cidade, porque o cidadão não tem tempo de ir à galeria ou a um museu. E a arte, estando nas ruas, interage com as pessoas.

Exemplo de depoimento D - Indagado a respeito da linha azul no chão (Caminho das Águas) um senhor respondeu que desconhecia o significado, mas que ele via aquilo todo dia e algumas pessoas passavam por ele e perguntavam o que era. Após a explicação dos monitores disse ser interessante saber como o centro era antigamente, morador há 60 anos em Vitória, viu parte do aterramento.

Exemplo de depoimento E - Um taxista abordado reclamou que era coisa do prefeito, que ele faz coisas sem avisar antes e ninguém sabe de nada. Disse que era porque ele viaja muito e trouxe essa idéia inovadora para o Espírito Santo, mas não avisa o porquê do feito.

Exemplo de depoimento F – Indagado sobre as placas de alerta de Jô Name, um policial disse que nunca havia reparado nelas e que, se não falássemos, jamais teria percebido. Disse que provavelmente se tratava de alguma coisa cultural, porque na Praça Pio XII é comum ocorrer esse tipo de manifestação. Apontando para os malabares de uma das placas afirmou: “Se isso fosse em Gaza eu acharia que é um local de bombardeio” -

Exemplo de depoimento G - Uma senhora abordou os monitores na Praça Pio XII indagando sobre o significado dos espelhos, os monitores devolveram a questão perguntando o que ela achava que era, e ela respondeu que era uma espécie de auto-retrato.


Exemplo de depoimento H - Abordado pelos monitores um senhor disse não haver reparado nas placas, mas que achara muito interessante os espelhos, tão úteis quanto um relógio numa praça pública, sendo que a diferença entre os dois é que você olha o relógio, vê que está atrasado e corre. Já quando vê o espelho, pára para ver sua imagem e junto com ela está a imagem da cidade.

4. Registros fotográficos e depoimentos em vídeoaaa

Transeuntes fotografando-se junto à réplica da estátua do Araribóia

Vendedoras mirins fotografando-se junto à replica da estátua do Araribóia, na rua Sete, e filmadas por Erly Vieira (2ª foto); Horrana de Kássia Barboza Santos, Patrícia Mendonça Almeida e Tamires Teixeira Nepomuceno; Patrícia e o comerciante que lhe emprestou o cocar para as fotos.

Fotos de Michele Cristine Marques Rebello e Giovanna Maria Pereira Faustini

Esta modalidade foi utilizada, sobretudo, com a instalação O retorno do Araribóia (Coletivo Maruípe), em que uma réplica da estátua do herói esculpida na década de 50 por Carlo Crepaz, posicionada na Avenida Beira Mar, “perambulou” pelas ruas e pontos históricos do centro da cidade, surgindo a cada dia num lugar diferente apontando para alvos emblemáticos de poderes na sociedade, como a estátua de Pio XII, o palácio do governo, dentre outros.
Munidos de máquinas fotográficas os monitores convidavam a população a tirar fotografias ao lado da figura do índio em posição de luta, ainda que sem o arco e a flecha, perdidos da escultura original, como se cada local de combate do Araribóia em seu retorno ironicamente se tornasse em um novo “ponto turístico”.
Os monitores saíam à rua com câmera de vídeo, registrando depoimentos dos passantes, convidados a “escolherem” locais para os quais a estátua poderia ser levada no dia seguinte. Foi uma forma de colocar o público na posição do artista, experimentando, ainda que hipoteticamente, a decisão acerca do destino da obra. Várias questões surgiram daí como, por exemplo, indagações indignadas sobre o lugar do índio no Brasil deste início de século, o fato da estátua possuir traços físicos europeus, a rememoração de uma antiga marchinha de carnaval intitulada “Bota o índio no lugar”, referência ao fato de que a estátua, tal qual o próprio herói que lhe inspirou, ter tido um longo período de nomadismo, sem lugar fixo, transitando, nas décadas de 60 e 70, por diversos pontos da cidade, e até mesmo tendo sido esquecida por alguns anos num depósito da prefeitura.

5. Divulgação junto aos anônimos formadores de opinião

Patrícia Mendonça Almeida e Michele Cristine Marques Rebello com motoristas da linha Vitória/Guarapari

Giovanna Maria Pereira Faustini com guardas municipais

Giovanna Maria Pereira Faustini e Marcel Nascimento Rosa em banca de jornal


Marcel Nascimento Rosa com vendedora ambulante Fotos Célia Ribeiro

A divulgação explícita da Bienal foi realizada, sobretudo com os guardas municipais, garis, jornaleiros, vendedores ambulantes que trabalham na região onde estavam situadas as intervenções da Bienal, bem como com os freqüentadores habituais das praças. O foco nessas pessoas foi determinado pela suposição de serem formadores de opinião anônimos na malha urbana. Sua presença fixa no território da cidade, ponto de passagem para a maioria dos transeuntes, torna-os referência para muitos dos que atravessam o centro de Vitória. A afirmação das pessoas abordadas sobre a importância das informações que estavam recebendo, tendo em vista serem constantemente indagados por pedestres, fregueses ou não, a respeito das intervenções do 8º Salão Bienal do Mar, confirmou nossa hipótese.

Foi muito curioso constatar algumas conclusões sobre certas intervenções, sobretudo a linha azul do Caminho das Águas. Interpelados por monitores alguns transeuntes afirmavam que era uma demarcação realizada pela Prefeitura Municipal de Vitória do percurso onde a fiação elétrica dos postes seria embutida. Outros diziam que indicava um circuito turístico envolvendo as construções tombadas pelo Patrimônio Histórico e os equipamentos culturais disponíveis na região.

6. Panfletagem
Realizadas aos sábados na Avenida Beira Mar e na Praia de Camburi.
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Michele Cristine Marques Rebello e Patrícia Mendonça Almeida em ônibus da linha Vitória/Guarapari

Patrícia Mendonça Almeida com pescadores da Avenida Beira Mar
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Rejane Afonso Teixeira no ponto de ônibus da Praça Papa Pio XII

Márcia Rodrigues Garcia do Vale no ponto de ônibus da Praça Papa Pio XII


Márcia Rodrigues Garcia do Vale e Michele Cristine Marques Rebello no ponto de ônibus da Praça Papa Pio XII Fotos Célia Ribeiro

7. Oficinas para a comunidade

Foram realizadas três oficinas. Uma para a terceira idade, uma para alunos da 7ª série do ensino fundamental e uma para os internos do Instituto de Atendimento Sócio Educativo do Espírito Santo (IASIS)
Nas duas primeiras oficinas buscou-se contrapor o circuito expositivo oficial (museu, galeria e esculturas em praças públicas) do entorno com as intervenções urbanas, para um grupo cuja grande maioria sequer havia estado em um museu de arte anteriormente. Foi proposto a cada participante conceber alguma forma de intervenção urbana voltada para a comunidade em que vive, de modo a ampliar a discussão de pertencimento afetivo à paisagem urbana que o Salão Bienal do Mar propunha.

Oficina para a 3ª idade, Tamires Nepomuceno e Patrícia Almeida apresentando as instalações da Bienal, na platéia Michele Rebello

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Oficina para a 3ª idade, visita ao Museu de Arte do Espírito Santo, conversa a partir das placas de alerta de "Atenção Arte"

Oficina para a 3ª idade, entre os espelhos de "Nós vemos a cidade como a cidade nos vê", entre as senhoras, os monitores Marcel Nascimento Rosa e Lucas Tristão ferreira
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Oficina para a 3ª idade, encontro com a réplica do Araribóia
Fotos de Michele Cristine Marques Rebello e Giovanna Maria Pereira Faustini

A terceira oficina surgiu de uma proposta lançada a um dos monitores. Impossibilitado de participar das atividades realizadas nos finais de semana, por lecionar informática para adolescentes infratores internos do IASES, o estudante de artes Marcel Nascimento Rosa aceitou trabalhar a proposta da exposição em suas aulas. Como esses adolescentes não poderiam se deslocar para fora da instituição, Marcel apresentou o material da ação educativa, contendo imagens das intervenções realizadas pelos artistas e, em contrapartida, os alunos produziram uma apresentação em PowerPoint na qual eles apresentaram suas propostas, como se também fossem participantes do Salão Bienal do Mar. Dentre as obras, incluem-se trabalhos surpreendentes, como uma cabine de vidro, blindada, na qual o presidente da República e o governador do Estado poderiam entrar e ouvir as reclamações da população carente (os jovens ainda reforçaram que “ninguém ia bater neles, eles apenas teriam que escutar”), ou uma grande instalação com gigantescos bonecos de rapazes e moças boiando pela baía de Vitória, intitulada Era isso que vocês queriam?, numa referência direta à exclusão social pela qual esses jovens passam e que encontram do crime uma alternativa sedutora.

Monitores

Eliana Mendes Carneiro, Filipe Frauches Mecenas, Giovanna Maria Pereira Faustini, Horrana de Kássia Barboza Santos, Ítalo Ângelo Pereira Galiza, Lucas Tristão ferreira, Marcel Nascimento Rosa, Márcia Rodrigues Garcia do Vale, Mariana Schmidt, Michele Cristine Marques Rebello, Patrícia Mendonça Almeida, Rejane Afonso Teixeira, Talita Goulart Arrivabene, Tamires Teixeira Nepomuceno, Thiago Luiz Dutra.

Museu de Arte do Espírito Santo

Coordenação do setor de ação educativa
Museu de Arte do Espírito Santo
MAES
2003 a 2007


Secretária de Cultura: Neusa Mendes
2006/2007 - coordenação partilhada com Renato Saudino


Foto acervo Secult

Inaugurado em 18 de dezembro de 1998, o único museu público de arte no Espírito Santo carecia de uma proposta consolidada de atuação. Fecundado pelo ciclo de palestras COMO SER MAES as exposições do museu passaram a ser planejadas anualmente pela Secretaria de Estado de Cultura, dirigida por Neusa Mendes, em parceria com a equipe técnica do MAES, buscando contemplar tanto a arte contemporânea local e nacional como a produção histórica consagrada. Consciente de seu caráter público e estadual, o planejamento das atividades do MAES buscavam atingir todos os municípios do Espírito Santo e priorizar a formação continuada de professores de arte sobretudo da rede pública.
COMO SER MAES, iniciado em setembro de 2004, trouxe ao estado nomes como Moacir dos Anjos, Nilton Campos, Fernando Cocchiarale, Guilherme Vergara, Marília Panitz, Milene Chiovatto, Paulo Herkenhoff, Stela Barbieri, dentre outros, para discutir temas "Como curar museus", "Acervo: Por que, De que, Para que, Para quem?", "O Público do Museu Público", etc.
COMO SER MAES
Concepção e mediação dos encontrosWaldir Barreto
Coordenação Inah Durão, Rafaela Zanete e Célia Ribeiro
Secretária de Estado Cultura: Neusa Mendes

Diretrizes para a ação educativa foram construidas ao mesmo tempo em que se desenvolvia a política expositiva do MAES. Passamos a pensar e elaborar uma proposta educativa para o museu considerando o contexto do circuito expositivo onde se inseria, a precária construção de cidadania no Brasil, a recente preocupação relacionada à inclusão cultural e a convivência cotidiana com banalização da violência e desvalorização da vida.
O contexto do MAES - O circuito das artes no Espírito Santo no período restringia-se à Vitória e Vila Velha. Estes dois municípios possuiam instituições respeitadas nacionalmente, como o Museu da Vale do Rio Doce, o Salão do Mar, a Galeria Homero Massena, o Espaço Universitário, o Espaço Cultural Egydio Antônio Coser, as galerias Virginia Tamanini e Matias Brotas, dentre outras.
As mostras do circuito expositivo ofereciam ao público recortes e focos diversificados sobre o panorama das artes visuais, atendendo políticas curatoriais específicas de cada espaço. Essa diversidade era apreendida de maneira dialogada por um público iniciado. Entretanto o mesmo não ocorria com a maioria da população. Isso era extensivo inclusive a muitos professores de arte dos ensinos fundamental e médio, carentes de conceitos de arte contemporânea por não terem tido oportunidade de frequentarem disciplinas sobre o tema por não terem sido ofertadas durante sua formação acadêmica.
A assimetria geográfica do circuito era acentuada pela existência de faculdade de Artes Visuais apenas no campus da UFES em Vitória. O período também convivia com uma insipiente difusão de estudos sobre a arte contemporânea brasileira. Os resultados apresentados em dissertações e teses da recente proliferação de mestrados e doutorados em artes no país praticamente não havia chegado ao mercado editorial.
Inclusão cultural - A inclusão cultural no Brasil está em processo de implantação. Basta comparar a visitação aos museus de maior tradição de grandes centros culturais como Rio e São Paulo, com o tamanho da população destas cidades, para concluirmos que, apesar de importantes esforços a grande maioria de seus habitantes não tem acesso a eles. Estas questões nos remeteram aos desafios de viabilizar o acesso e possibilitar a fruição qualificada do maior número possível de visitantes, e sem grandes recursos orçamentários.
Fluxo e qualidade de fruição - O fluxo encontrava limites na dimensão física do prédio e na quantidade de funcionários. Além da responsável pelo setor de ação educativa, contávamos apenas com Rodrigo Poltroniere, cuja função era a de Responsável pelo Espaço, e com estagiários contratados durante as exposições para mediá-las.
O limite físico do MAES pode ser minorado com o desenvolvimento de atividades realizadas no interior do estado e através da implantação de um programa de formação continuada, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação, através do Setor de Curríciulo de Artes Visuais, coordenado por Mirtes Moreira, visando tornar professores do ensino fundamentl e médio parceiros do museu.
Para viabilizar uma fruição pensante construímos metodologias de mediação que instigavam o diálogo com as obras e com o discurso visual construído pela curadoria de cada exposição, e lançávamos mãos de informações complementares, muitas vezes visuais, sempre que as questões colocadas pelos visitantes demandassem. Tínhamos como preocupações norteadoras da forma de condução das visitas propiciar aos visitantes sensações de pertencimento cultural e de alegria, visando reforçar a conquista em processo da cidadania no Brasil e contrapor aos sentimentos de depreciação do humano decorrentes da banalização da vida. Buscávamos ressaltar a quantidade de instituições envolvidas para viabilizar as exposições, enaltecer toda a equipe do museu responsável pela produção da mostra, pela manutenção do espaço limpo e pelos serviços de apoio e ressaltar a mobilidade temporal dos acervos e o fluxo de visitação de maneira a gerar uma empatia com o coletivo envolvido na dinâmica do circuito das artes, bem como criar sensação de pertencimento social.
aaa Roberto Machado mostra que um dos principais objetivos de Nietzsche ao criar uma filosofia trágica era defender uma alegria incondicional com a vida, uma aprovação jubilatória da existência.
http://www.cpflcultura.com.br/video/alegria-e-tragico-em-nietzsche
Não tínhamos um discurso preparado para cada exposição. Estudávamos tudo que podíamos sobre as obras, os artistas, as tendências artísticas envolvidas, o cenário cultural, social e político do período de fatura dos trabalhos expostos, etc. Verificávamos pontos de fuga interdisciplinares possíveis a partir desse material, lacunas prováveis de conhecimento por parte dos visitantes que pudesem comprometer a fruição das obras expostas e compreender a proposta curatorial, e produzíamos material de apoio, muitas vezes visuais, que pudessem, sempre que demandado a partir de dúvidas dos visitantes, contribuir para um aproveitamento estético e pensante da exposição.
A condução dos visitantes, avulsos ou em grupos ocorria sempre permitindo primeiramente um encontro não intermediado entre o observador e as obras. Somente depois desse tempo subjetivo se instigava o visitante a falar sobre suas sensações e a recorrer à obra para verificar o que nela as instaurou. Interagíamos nesse diálogo suscitado a partir das questões do observador instrumentalizados pelos conteúdos anteriormente estudado. Semanalmente realizávamos euniões com os intermediadores para refletirmos sobre a condução das visitas e a recepção dos visitantes.
Sempre no início de cada exposição assumia a intermediação das primeiras visitas acompanhada de monitores, de forma a experimentar o funcionamento da condução na mostra que se iniciava, como para exemplificar os procedimentos sugeridos.

Buscávamos também qualificar a fruição e a experimentação estética oferecendo oficinas e palestras abertas à comunidade, cursos de formação continuada para professores, materiais didáticos de apoio para as exposições. Estabelecemos também parcerias com instituições como o Arte br, o Itau Cultural, e o SESC- Artes Visuais e disponibilizamos para gravação em CD as pesquisas realizadas em cada exposição, utilizadas para a formação dos mediadores. aaaaaa

Atuação do setor educativo nas exposições do MAES 2003-2007
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PAUSA Curadoria Fabrício Coradello Setembro a dezembro 2003
Artistas participantes: Gabriela Machado, Hilal Sami Hilal, Júlio Schmidt, Mara Perpétua e Maurício Salgueiro

1. Júlio Schimidt; 2. Mara Perpétua;3. Hilal SamiHilal; 4. Gabriela Machado
Atividades complementares às visitas monitoradas Exercícios: Atividades sinestésicas de transcrição gráfica de sons ambientais, de ritmo corporal e desenho cego da instalação de Gabriela Machado com o objetivo de vivenciar conceitos envolvidos nos trabalhos dos artistas expositores.
Vídeos: Pele. Neusa Mendes. (documentário sobre a produção artística de Hilal Sami Hilal). Pausa, Mara Perpétua. Francinardo Oliveira.

Estatística de visitação monitorada: 843 alunos de 44 escolas participaram de visitas monitoradas.
Estatística total de visitação (visitantes avulsos + monitorados): 2.148 visitantes

Tempo Cor Curadoria de Enéas Valle;
Fevereiro a abril 2004
Artista participante: Enéas Valle
Foto acervo Secult
Atividades complementares às visitas monitoradas
Conversa sobre as referências do modernismo na obra de Enéas Vale, ilustrada com reproduções coloridas. (pranchas com obras de Chagal, Matisse, Picasso, etc.)
Vídeos: Geração 80. Itaú cultural.
Orelha. Enéas Valle.
Atividades complementares à exposição
Curso: "Desenho e pintura: a ilusão, o projeto e o virtual". Enéas Valle – de 03 a 05 de fevereiro, das 14 às 18 horas, totalizando 12 horas.
Mesas-redondas: "O corpo abaixo do Equador: reflexos na produção plástica brasileira". Professor mestre Ricardo Maurício e participação de passista e ritmistas da escola de samba MUG - 15 de março.
"As concepções físicas do espaço e suas configurações nas artes plásticas".
Com os professores João Wesley e Júlio César Fabris – 06 de abril.
Estatística de visitação monitorada: 1.326 alunos de 19 escolas participaram de visitas monitoradas.
Estatística total de visitação (visitantes avulsos + monitorados): 1.396 visitantes
Relatório da palestra: "O corpo abaixo do Equador: Reflexos na produção plástica brasileira"
realizada em 15 de março de 2004, das 19:00 horas às 21:30 e proferida pelo professor doutorando Ricardo Maurício Gonzaga (*), com a intervenção de passista e ritmistas da Escola Associação Recreativa Cultural Mocidade Unida da Glória –MUG-, sob o comando de Mestre Eufrásio. Ricardo Maurício despertou interesse numa platéia de em torno de 40 pessoas.
Por uma hora falou sobre o corpo nas artes visuais no ocidente, da Grécia antiga aos tempos atuais, inserindo o tema proposto dentro dessa trajetória. Não se limitando ao corpo representado, Ricardo Maurício falou sobre as transformações na relação corporal do artista no ato de produção, bem como do “observador”, ao longo do período abordado, simultaneamente relacionando essas mudanças com as ocorridas no pensamento filosófico. Dando seqüência à conferência, da platéia surgiram perguntas que se desencadearam em debate. Após em torno de meia hora, quando aproximadamente um terço dos participantes se levantou, componentes da MUG entraram suspendendo o debate e, conforme combinado anteriormente, Ricardo Maurício interferiu no show da passista e dos ritmistas com uma performance, congelando-se em postura ereta.
O contraponto ‘corpo inerte/corpo em frenesi’ instigou os participantes, levando-os a duas distintas reações. Parte seguiu as evoluções dos sambistas, outra parte permaneceu sentada, magnetizada, de olhar fixo no corpo inerte de Ricardo, como se tivesse havido uma intrigante suspensão do tempo ritmada pela bateria. Fotos: Rodrigo Poltroniere

(*) Artista plástico, professor de desenho artístico no curso de bacharelado em artes plásticas na UFES, e doutorando do programa de pós-graduação em artes visuais - Escola Belas Artes da UFRJ, onde desenvolve uma tese sobre auto-retrato.
Exposição Djanira na coleção do Museu Nacional de Belas Artes Curadoria Ligia Canongia
Julho a outubro de 2004
Artista participantes: Djanira
Atividades complementares às visitas monitoradas
Conversa
sobre as referências do modernismo na obra de DJANIRA, ilustrada por pranchas sobre o advento da fotografia e as características do modernismo pontuadas por Ligia Canongia na obra de Djanira, confrontadas com as da arte clássica.
Vídeos
Viajando pelo Modernismo. Itaú cultural.
Caminhos da Abstração. Itaú cultural.
Atividades complementares à exposição
Palestra com Lígia Canongia, curadora da mostra.
Estatística de visitação monitorada: 1370 alunos de 66 escolas e ONG’s, incluindo 13 professores de Rio Bananal.
Estatística de visitação (visitantes avulsos + monitorados): 2.059 visitantes.
Impermanência e Transitoriedade
Curadoria Franklin Espath Pedroso
Dezembro de 2004 a abril de 2005
Artistas participantes: Brígida Baltar, Carlito Carvalhosa, David Caetano, José Damasceno, Marepe, Rivane Neuenchewander e Sandra Cinto

* Exposição concebida como complemento ao seminário Como ser MAES promovido pela Secretaria de Estado de Cultura para subsidiar a elaboração de um plano estratégico para o MAES.

Atividades complementares às visitas monitoradas
Vídeo: Registro da performance de David Caetano na abertura da exposição e da visitação à sala com instalação de Marepe.
Estatística de visitação monitorada durante os meses de março e abril: 362 alunos de 17 escolas e/ou ONG’s participaram de visitas monitoradas.
Estatística total de visitação (visitantes avulsos + monitorados): 1.519 visitantes

Coleção Dionísio Del Santo – Xilogravuras e Serigrafias
Curadoria Equipe do MAES
Pios da Mata -Curadoria Ronaldo Barbosa
3 contemporâneos - Fátima Nader, Hilal Sami Hilal e Júlio Tigre 9 de junho a 31 de agosto de 2005
Artistas participantes: Dionísio Del Santo, Fátima Nader, Hilal Sami Hilal e Júlio Tigre
Atividades complementares à exposição
Palestra
de Gustavo Coelho sobre a história da Fábrica de Pios de Aves Maurílio Coelho de Cachoeiro do Itapemirim no dia 29 de agosto.
Estatística de visitação monitorada: 980 alunos de 35 escolas e/ou ONG’s participaram de visitas monitoradas.
Estatística total de visitação (visitantes avulsos + monitorados): 1.800 visitantes.
Visita monitorada às exposições “3 Contemporâneos” e “Pios da Mata”

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Meng Guimarães e crianças na instalação Pios da Mata

Quando: julho de 2005
Escola: Escola O Pica Pau Turma: pré-escola
Quantidade de alunos: 22 crianças entre 4 e 5 anos
Monitores: Meng Guimarães, Rafael Corrêa e Vinícius Gonzalez.
Apoio: Professores e segurança da Escola O Pica-Pau, Fábio, segurança do MAES.
Coordenação da monitoria: Célia Ribeiro
Escultura Brasileira do bronze à dimensão planarColeção do Museu Nacional de Belas Artes
Curadoria Mariza Guimarães Dias. 17 de dezembro de 2005 a 19 de março de 2006
Artistas participantes: Adriana Janacopulos, Amílcar de Castro, Armando Magalhães Correia, Bruno Giorgi, Candido Caetano de Almeida Reis, Celso Antônio, Décio Vilares, Figueira Júnior, Flory Gama, Francisco Stockinger, Franz Weissman, Hildegardo Leão Velloso, Hugo Bertazzon, Humberto Cozzo, Iole de Freitas, João Batista Ferri, João Turin, Joaquim Rodrigues Moreira Junior, José Otávio Correia Lima, Josefina de Vasconcelos, Margarida Lopes de Almeida, Maurício Salgueiro, Nicolina Vaz de Assis, Paulo Mazzuchelli, Rodolfo Bernardelli, Vasco Prado Victor Brecheret e Zélia Salgado
Estatística de visitação monitorada: 543 alunos de 16 escolas e/ou ONG’s participaram de visitas monitoradas.
Estatística total de visitação (visitantes avulsos + monitorados): 2.666 visitantes.


Visita monitorada conduzida por Fábio e Rúbia Pella
Universo do Cordel
Curadoria Franklin Espath Pedroso e Pedro Karp Vasquez 11 de abril a 02 de julho de 2006 Artistas participantes: Coletiva de poetas e xilogravadores de cordel. aa
Visitantes, visita monitorada, Maria das Graças Rangel em oficina para a comunidade

Atividades complementares
Palestra

Encontro com o poeta e artista brasileiro J.Borges, no dia 6 de maio
Encontro com Gonçalo Ferreira da Silva, presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, no dia 20 de maio.
Oficinas Oficinas de xilogravura de três horas, ministradas para a comunidade pela Professora Artista Maria das Graças Rangel nos dias 21 e 28 de maio e 11 e 25 de junho
Estatística de visitação monitorada: 1392 alunos de 50 escolas e/ou ONG’s participaram de visitas monitoradas.
Estatística total de visitação (visitantes avulsos + monitorados): 2670

Atividade de formação continuada em parceria com a SEDU

a Clientela: Onze professores de arte, onze de língua portuguesa e os onze responsáveis pelas Superintendências Regionais de Ensino do ES de diversos municípios do ES.
Quando: 06 e 07 de maio de 2006
Oficina de produção de texto, com Paulo Roberto Sodré, professor Doutor do curso de Letras da UFES e monitoria de Meng Ferreira Guimarães, aluna de Artes Visuais da UFES, no dia 06 de maio de 2006, das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas, na Escola Estadual Maria Ortiz.
Oficina de produção de texto
Visita à exposição “O Universo do Cordel” no MAESaaa

Palestra com J. Borges "A produção e circulação de cordel no Brasil"
aa J. Borges e platéia com Mirtes Moreira (SEDU) em destaque

Oficina de ilustração com técnicas de gravura com Fernando Gómez Alvarez, Professor Mestre do curso de Artes Visuais da UFES e monitoria de Meng Ferreira Guimarães, aluna de Artes Visuais da UFES, no dia 07 de maio de 2006, das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas, na Escola Estadual Maria Ortiz.
Alunas e Fernando Gómez Alvarez com Mirtes Moreira, responsável da SEDU pela atividade

Responsáveis pelas oficinas: Fernando Gómez Alvarez, Prof. Mestre do curso de Artes Visuais da UFES e Paulo Roberto Sodré, Professor Doutor do curso de Letras da UFES
Monitoria: Meng Ferreira Guimarães, aluna de Artes Visuais da UFES
Palestra: J. Borges
Técnicos Secult e SEDU: Rafaela Zanete (diretora do MAES); Maria Célia Chaves Ribeiro- MAES (Setor de ação educativa ); Mirtes Ângela Moreira Silva e Regina Maria de Oliveira - SEDU (Setor de Currículos)
Camille Claudel – a sombra de Rodin Curadoria de Romaric Sulger Büel e de Reine-Marie Paris de La Chapelle
30 de agosto a 15 de outubro de 2006
Artistas participantes: Camille Claudel, Auguste Rodin e Alfred Boucher
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Fotos acervo Secult

Visitantes, visita de deficientes visuais e oficina de modelagem para a comunidade
Atividades complementares à exposição
Palestras
"Paris 1900", ministrada por Romaric Sulger Büel, curador da exposição, no dia 02 de setembro.
"Camille Claudel – Arte e Psicanálise", ministrada por Teresa Palazzo Nazar, no dia 22 de setembro.
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Teresa Palazzo Nazar e platéia
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"Camille Claudel, o ser aberto", ministrada por Gilbert Chaudanne, no dia 07 de outubro.
Oficinas de Modelagem em Argila, com duração de três horas, ministradas para a comunidade por artistas do Grupo Queima - Adriana Miranda, Cida Ramaldes, Luciene Hibner, Tatiana Campagnaro e Tereza Drago -, nos dias 3, 17, 23, 24 e 30 de setembro e 7 e 8 de outubro, no MAES.

Alunos da oficina de Modelagem em Argila e Tereza Drago orientando aluna
Filme: “Camille Claudel”, de Bruno Nuytten (1998)
Documentário: “Camille Claudel” de Dominique Rimbault (2002), de terça à sexta no MAES
Estatística de visitação (visitantes avulsos + monitorados): 13.202 visitantes

Atividade de formação continuada em parceria com a SEDU Clientela: Onze professores de arte, onze de matemática e os onze responsáveis pelas Superintendências Regionais de Ensino do ES de diversos municípios do ES.
Quando: dias 01 e 02 de setembro de 2006.
Atividades
Oficina de Modelagem em Argila
, com artistas do Grupo Queima de Cerâmica - Adriana Miranda, Cida Ramaldes, Luciene Hibner, Tatiana Campagnaro e Tereza Drago, no dia 1º de setembro, das 8 às 18 horas, na Escola Estadual Maria Ortiz. a
Cida Ramaldes, Tatiana Campagnaro, alunas e Luciene Hibner
Visita à exposição “Camille Claudel - a sombra de Rodin”, no dia 1º de setembro, às 19 horas.
Palestra ilustrada “A evolução histórica da apresentação da figura humana nas artes plásticas” com o professor e artista plástico Attílio Colnago Filho, no dia 02 de setembro, das oito às doze horas, no MAES.

Platéia e Attílio Colnago
Oficina de matemática vinculada à arte, baseada na exposição Camille Claudel” com a Professora mestre Patrizia Lovatti, no dia 02 de setembro, das treze às dezessete horas, no MAES.

Patrizia Lovatti, alunos, Attílio Colnago auxiliando na oficina e Patrizia Lovattiaaa
Palestras
“Paris 1900”, com Romaric Sulger Büel, curador da exposição, no dia 02 de setembro.
Romaric Sulger Büel e platéia

Conspectus Curadoria de Fabrício Coradello e Rafaela Zanete
18 de dezembro de 2006 a 15 de fevereiro de 2007.
Artistas participantes: Andréa Abreu, Cristina Bastos, Gabriel Borém, Orlando da Rosa Farya, Gabriel Borém Rafael, Raquel Garbelotti, Vinícius Gonzalez
Estatística de visitação (visitantes avulsos + monitorados): 1.937 visitantes.

Fachada do MAES
com trabalhos de Orlando da Rosa Farya
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Trabalhos de Andréa Abreu

Hall com trabalho de Cristina Bastos
Fotos acervo Secultaaa

Visitantes fruindo trabalhos de Cristina Bastos, passando pela fachada do MAES com fotos de Orlando da Rosa Farya, posando com os trabalhos de Andréa Abreu e na sala de Raquel Garbelotti
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Portinari: trabalho e jogo Curadoria: Serviço Social do Comércio - SESC
Artista participante: Cândido Portinari
Agosto e setembro de 2007
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André dos Santos Andrade, professor da oficina de pipas, aluno e convite da exposição
Atividades complementares à exposição
Oficinas
de Confecção de Pipa, com duração de duas horas, ministradas às 13 e 15 horas dos sábados e domingos, para a comunidade, por André dos Santos Andrade, da Riva Pipas, nos dias 10, 17, 18, 24, 25 e 31 de março, e 1° de abril, no MAES.
Estatística de visitação monitorada: 3.958
Margaret Mee: Uma Visão da Amazônia Curadoria: Serviço Social do Comércio - SESC
Artista participante: Margareth Mee
24 reproduções de aquarelas do livro “Flores do Amazonas”, de autoria da artista Margaret Mee e exsicatas (ramos secos com folhas, flores e frutos) de plantas da Mata Atlântica, parentes das pintadas por Margaret Mee, cedidas pelo Museu de Biologia Mello Leitão. aa

Visitantes Fotos acervo Secult

Atividades complementares à exposição
Palestra “A Ilustração: sua importância para a ciência e a arte”, ministrada em 17 de agosto de 2007 pelo professor Paulo Ormindo, da Escola Nacional de Botânica Tropical, do Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Professor paulo Ormindo Fotos acervo Secult
aaaa Atividades desenvolvidas em municípios do ES
Lançamento do material didático arte br em Vitória - abril de 2004 Atividade desenvolvida em parceria com o Pólo arte br da Universidade Federal do Espírito Santo e com a Secretaria Estadual de Educação, através do núcleo de Currículo de Artes Plásticas.
Abrangência: 210 professores realizaram a oficina e receberam o kit arte br.aaaa
Projeto “O museu pega a estrada com o arte br” – junho e julho de 2004 Planejamento, organização e realização, em conjunto com os parceiros – Instituto Arte na Escola, Secretaria de Estado de Educação e Esportes e Universidade Federal do Espírito Santo-, de oficinas de quatro horas sobre o kit arte br, para professores de artes do ensino fundamental e médio, nos municípios sede das Superintendências Regionais de Educação (Afonso Cláudio, Barra de São Francisco, Cachoeiro do Itapemirim, Colatina, Guaçuí, Linhares, Nova Venécia e São Matheus).
Abrangência: 1.100 professores de todos os municípios não pertencentes à Grande Vitória realizaram a oficina e 200 receberam o kit arte br.
Exposição Itinerante Gravuras de Dionísio Del Santo na Coleção do MAES - novembro de 2004 e dezembro de 2005 Parceria SEDU, Apoio: Itaú Cultural
Ação voltada para a expansão das fronteiras do MAES, contou com dez reproduções fotográficas no tamanho original de gravuras (oito serigrafias e duas xilogravuras) de Dionísio Del Santo, artista capixaba cuja retrospectiva inaugurou o MAES em dezembro de 1998.
O projeto percorreu as onze SRE/ES: Afonso Cláudio, Barra de São Francisco, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Colatina, Guaçuí, Linhares, Nova Venécia, São Mateus, Vila Velha, Vitória.
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Foram distribuídos 3.000 folhetos com textos informativos sobre Dionísio Del Santo e sua obra, contendo reproduções avulsas de oito das obras expostas (seleção de textos e concepção: Célia Ribeiro; layout: Eliza Queiros) e 78 Caixas de Cultura Gravura, material didático do itau Cultural. aaa
Atividades realizadas em cada uma das onze SER
• Palestra História da Gravura (4 horas)
• Oficina Prática de Técnicas de Gravura (16 horas)
• Apresentação e distribuição da Caixa de Cultura Gravura do Itaú cultural.
Técnicos responsáveis: Mirtes Moreira (SEDU); Maria Célia Chaves Ribeiro e Rodrigo Poltroniere (MAES)
O transporte da exposição - Nova Venécia e São Mateus


Alceu de Oliveira ,Rodrigo poltroniere e Célia Ribeiro

A montagem

A exposição no Museu Eclesiástico de São Mateus

Espaços de exposição


Palestra "História da Gravura" e
Oficinas Práticas de Técnicas de Gravura
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Resultado das oficinas

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Seminário Filosofia & Artes Professor Doutor Evando Nascimento

Realizado em seis sessões realizadas em junho e julho de 2005
Local: Auditório do BANDES
Freqüência média de 70 pessoas por seção
Concepção : Célia Ribeiro
Produção: Célia Ribeiro e Rodrigo Poltroniere
Apoio: BANDES
O Seminário realizou uma introdução à Arte, com seus principais conceitos e movimentos (sobretudo os modernos e contemporâneos), a partir de alguns textos de Filósofos. Seu tema foi a Arte em geral em suas relações com a Cultura e com o Pensamento. Propôs-se uma “desconstrução” da noção tradicional de Arte, herdada do Romantismo, a fim de desenvolver um novo conceito para o século XXI.

Bibliografia utilizada A República, de Platão, e A Poética, de Aristóteles;
Crítica do Juízo (Fragmentos), de Kant, e “A Arte como Procedimento”, de Victor Chklovski;
“A Obra de Arte na Era de sua Reprodutibilidade técnica”, de Walter Benjamin, e “A Indústria Cultural”, de Adorno e Horkheimer;
A Obra Aberta, de Umberto Eco;
“Isso Não é um Cachimbo”, de Michel Foucault, e Lógica da sensação, de Gilles Deleuze;
A Verdade na Pintura, de Jacques Derrida.

EVANDO NASCIMENTO é Doutor pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Pesquisador pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq). Foi aluno inscrito nos seminários do filósofo Jacques Derrida na École des Hautes Études em Sciences Sociales, Paris, onde apresentou um exposé. Estudou integralmente filosofia com Sarah Kofman, na Sorbonne.
É autor e organizador de vários livros, dentre os quais Derrida e a Literatura (2ª ed., 2001, EdUFF), Em torno de Jacques Derrida (7Letras, 2000), Ângulos: Literatura & outras artes (EdUFJF), Argos, 2002) e Derrida (2004, Ed. Zahar). Foi também o organizador do “Colóquio Internacional Jacques Derrida 2004: Pensar a Desconstrução”, no Rio de Janeiro, em que Derrida fez a conferência de abertura “Le Pardon, La Vérité, La Réconciliation: Quel Genre?”. Ensina Teoria da Literatura na Universidade Federal de Juiz de Fora, Estado de Minas Gerais.
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